quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Itaú segue BC e anuncia corte de juros

As taxas máximas do crédito pessoal e do cheque especial acompanham o corte de 0,5 ponto porcentual ao ano, que corresponde a 0,04 ponto porcentual ao mês.


As taxas máximas do crédito pessoal e do cheque especial acompanham o corte de 0,5 ponto porcentual ao ano, que corresponde a 0,04 ponto porcentual ao mês



São Paulo - O Itaú anunciou na noite desta quinta-feira que repassará a partir da próxima segunda-feira a redução da taxa Selic, para 7 5% ao ano, decidida na quarta-feira (29) pelo Banco Central. Com isso, as taxas máximas do crédito pessoal e do cheque especial acompanham o corte de 0,5 ponto porcentual ao ano, que corresponde a 0,04 ponto porcentual ao mês.

Segundo nota à imprensa, as taxas do crediário pessoal para os clientes que já têm o pacote MaxiConta Portabilidade Salário ou aderirem a ele caem do atual intervalo entre 1,91% a 4,85% para de 1,87% a 4,81% ao mês. No cheque especial (LIS), os juros passarão de 3,46% a 4,85% para de 3,42% a 4,81% mensais. Para os demais clientes de varejo, as taxas do crediário pessoal serão reduzidas dos atuais 2,41% a.m. a 6,62% a.m. para de 2,37% a 6 58% mensais. As do cheque especial passarão do intervalo de 5 20% a 8,81% ao mês para de 5,16% a 8,77% mensais.

Para os clientes do Itaú Empresas será reduzida a taxa máxima de juros do cheque especial (LIS) dos atuais 8,81% ao mês para 8 77% ao mês, no Capital de Giro de 5,42% ao mês para 5,38% ao mês e na antecipação de recebíveis de duplicatas, cheques e cartão, os juros máximos cairão de 4,82% ao mês para 4,78% ao mês.

Mantega: mesmo com Selic baixa, bancos cobram juros altos

Segundo ele, no entanto, com a diminuição da Selic, o Brasil atinge um patamar “quase civilizado” da taxa básica de juros.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega: para Mantega, a economia brasileira começa se aquecer e a prioridade do governo é aumentar o nível de investimentos do país


Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje (30) que – apesar da redução da taxa de juros, a Selic, de 8% para 7,5% ao ano, anunciada ontem (29) pelo Banco Central – os bancos ainda cobram uma taxa de juros inadequada. Segundo ele, no entanto, com a diminuição da Selic, o Brasil atinge um patamar “quase civilizado” da taxa básica de juros, o que a coloca em um patamar mais adequado para estimular a produção no país.


“Essa mudança de patamar de juros causa impacto extraordinário na economia brasileira, uma mudança estrutural profunda que vai fazer com que a produção seja privilegiada em relação à aplicação brasileira. Você canaliza a poupança do país para a produção”, disse o ministro ao participar da 39ª reunião do pleno do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), no Palácio do Planalto.

Segundo o ministro, a redução da taxa de juros é a boa notícia e a má notícia é que a queda do Spread não atingiu os níveis esperados. “Houve também queda do Spread, porém, ainda não estamos com uma taxa de juros adequada praticada pelos bancos de modo que possa estimular o consumo”, disse.

Para Mantega, a economia brasileira começa se aquecer e a prioridade do governo é aumentar o nível de investimentos do país, sobretudo em infraestrutura.

O ministro da Fazenda iniciou o discurso na reunião dizendo que a situação da economia internacional continua ruim. Segundo ele, os países avançados permanecem “empurrando com a barriga” seus problemas e o cenário não será resolvido a curto prazo. “Em termos de gravidade, o que está acontecendo em 2012 é pior do que o que estava acontecendo em 2009. Estamos em uma fase pior da crise do que estávamos em 2008, em 2009. É uma crise mais prolongada que tem causado mais danos.”

Ontem, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) fez a nona redução consecutiva da Selic. Após a reunião em que foi decidida a queda a taxa básica de juros, os diretores do BC divulgaram nota informando que optaram, por unanimidade, manter a política de afrouxamento do processo monetário.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Fazenda pede para que estimativa do PIB seja desconsiderada

O ministério informou apenas que a estimativa deve ser desconsiderada até as projeções definitivas serem divulgadas, mas não deu data para a revisão dos números




Guido Mantega fala de PIB: mesmo que a previsão de 3% de expansão do PIB fosse confirmada, as projeções do Ministério da Fazenda seriam mais otimistas que as do BC




Brasília – Minutos depois de divulgar a redução de 4,5% para 3% da estimativa oficial de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012, o Ministério da Fazenda voltou atrás e disse para desconsiderar a estimativa. A projeção constava da página 35 da publicação Economia Brasileira em Perspectiva, mas a Secretaria de Política Econômica do ministério, responsável pelo documento, informou que os números estão em revisão.

Em nota oficial, o ministério informou apenas que a estimativa deve ser desconsiderada até as projeções definitivas serem divulgadas, mas não deu data para a revisão dos números. A elevação de 4,4% para 4,7% da previsão para a inflação oficial do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2012 foi mantida.

Mesmo que a previsão de 3% de expansão do PIB fosse confirmada, as projeções do Ministério da Fazenda seriam mais otimistas que as do Banco Central (BC). No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de junho, a autoridade monetária estimou expansão do PIB em 2,5%. Com relação ao IPCA, a estimativa para 2012 também correspondia a 4,7%.

As projeções do mercado financeiro são ainda mais pessimistas. De acordo com o boletim Focus, pesquisa com instituições financeiras divulgada toda semana pelo Banco Central, os analistas de mercado apostam em crescimento do PIB de apenas 1,81% e IPCA de 5,11% em 2012. As instituições estimam que a inflação fechará 2013 em 5,5%.

Para Febraban, concessões de crédito devem cair 7,6%

Para pessoa física, a média diária de novas concessões deve recuar 6,6% na passagem entre junho e julho




Banco Central: ainda segundo a sondagem, o saldo das operações de crédito com recursos livres deve crescer 0,5% em julho, após alta de 1,4% apurada em junho




São Paulo - A nota de crédito do Banco Central, que será divulgada na quinta-feira, deverá apresentar queda das concessões no mês de julho, após alta expressiva apurada em junho. A avaliação consta da sondagem mensal feita pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) neste mês de agosto com os maiores bancos brasileiros, que representam 90% do mercado de crédito do País.


O levantamento da Febraban mostra que as novas concessões de crédito devem ter uma queda de 7,6% na média diária, sendo puxada pelo recuo de 8,4% para pessoas jurídicas. Para pessoa física, a média diária de novas concessões deve recuar 6,6% na passagem entre junho e julho. A Febraban ressalva, no entanto, que a base comparativa de junho foi muito elevada e que, em termos ajustados, o recuo nas concessões diárias para pessoa física é mais modesto, de 1,65%. No caso das pessoas jurídicas, o ajuste sazonal leva a uma alta de 1,5% na média diária.

"Parece ter havido uma antecipação de consumo em junho, como efeito das medidas de estímulo, e agora houve uma moderação", explica a entidade em seu boletim semanal.


Ainda segundo a sondagem, o saldo das operações de crédito com recursos livres deve crescer 0,5% em julho, após alta de 1,4% apurada em junho. Na avaliação da Febraban, o resultado também tem uma componente sazonal. Para pessoa física, o saldo deve se ampliar em 1% no período, enquanto o resultado entre pessoas jurídicas deve ficar praticamente estável em julho, com alta de 0,1%, após crescer 1,8% em junho.

Juros e inadimplência

A entidade espera ainda que a nota do BC indique uma baixa importante das taxas de juros e spreads bancários especialmente no cheque especial, como efeito da redução promovida no período pelo Banco do Brasil. As demais linhas de crédito devem, segundo a sondagem, apresentar um comportamento "mais estável".

No caso da inadimplência, a indicação é de "sinais mais favoráveis". Melhorias nos indicadores de pagamentos em atraso, diz a entidade, "ajudariam numa recuperação mais forte nos próximos meses".

Mantega discute redução de IPI com empresários


Os benefícios para automóveis e produtos da linha branca vencem na sexta-feira




Guido Mantega:  ministro recebe os representantes dos setores de móveis, de linha branca, de material de construção e do varejo





Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, inicia nesta terça-feira uma rodada de reuniões com os setores que têm redução de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Embora vençam na sexta-feira apenas os benefícios para automóveis e produtos da linha branca (geladeira, freezer, fogão, maquina de lavar), o ministro quer ter um raio X de todos os setores beneficiados e o impacto da redução do tributo sobre a produção, as vendas e o emprego.

Mantega recebe os representantes dos setores de móveis, de linha branca, de material de construção e do varejo. Na quarta, será a vez das montadoras e da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

A disposição do ministro, no entanto, não é antecipar o anúncio de uma eventual prorrogação da redução do IPI antes do prazo final, que é sexta-feira, 31, para automóveis e produtos da linha branca. No caso de móveis, o benefício está garantido até o final de setembro. Material de construção e bens de capital têm o IPI reduzido até o fim de dezembro. As reuniões com os empresários servirão para formar a decisão do governo, à luz do baixo desempenho da arrecadação tributária este ano.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

2013 será o ano do dragão da inflação no Brasil

“Conforme a economia ganhar velocidade nos próximos trimestres, a inflação não irá cair”, prevê o BNP Paribas


Dança do dragão no ano novo chinês: banco prevê que a inflação irá chegar a 6,7% em 2013 


São Paulo – O BNP Paribas acredita que a inflação deve subir mais do que o esperado em 2013 e passar o teto de 6,5% - chegando a 6,7%. Essa é a previsão mais alta na pesquisa do Banco Central, segundo o banco (o centro da meta oficial é de 4,5% e o consenso indica uma inflação de 5,5% no próximo ano). “No horóscopo chinês, 2012 é o ano do dragão. Mas, no Brasil o dragão chegará um ano depois, já que 2013 será o ano do dragão da inflação”, afirma o relatório assinado pelo economista Marcelo Carvalho.

O aumento dos salários, a escalada dos preços dos alimentos e o câmbio estão entre os fatores que mas devem elevar a inflação em 2013, segundo o BNP Paribas. “Na nossa visão, a inflação provará ser uma dor de cabeça pior que o antecipado e para a qual a maior parte das pessoas não está pronta”, afirma no relatório.

Recentemente, o nível mais baixo da inflação foi de 4,9%, ainda acima do centro da meta do governo (4,5%). Para o banco, o crescimento da inflação parece pior do que as autoridades poderiam imaginar. “Em economias desenvolvidas, como os Estados Unidos, e em mercados emergentes, como o Brasil, um tema comum é que a inflação não caiu o tanto que a desaceleração do crescimento sugere”, afirma o relatório.

Em julho, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), principal indicador de inflação no Brasil, acelerou para 0,43%, a maior variação mensal desde abril. De acordo com o IBGE, os principais responsáveis pelo resultado foram os grupos Despesas pessoais e Alimentação e bebidas - a seca nos Estados Unidos elevou os preços do milho, soja e trigo, afetando o que depende desses grãos, como carne bovina, suína, frango e industrializados.

O relatório destacou a alta no preço dos alimentos mas afirmou que a maior preocupação está na tendência da inflação subjacente (que exclui os preços dos alimentos e da energia), incluindo o elevado preços dos serviços em meio a aumento de salários e recorde de baixa no desemprego.

Subindo

“Conforme a economia ganhar velocidade nos próximos trimestres, a inflação não irá cair”, informa o banco. O BNP acredita que a recuperação do crescimento estará em seu caminho na segunda metade desse ano, mas uma outra preocupação surgirá no lugar: a inflação. “Pensamos que as preocupações do mercado com o fraco crescimento (da economia brasileira) darão lugar a apreensões com a inflação crescente - e como as autoridades irão responder”.

A expectativa de inflação deve piorar nos próximos meses, até progredir em 2013, segundo o banco. “Na nossa visão, a previsão de consenso para a inflação em 2013 parece suspeitamente nivelada. A inflação raramente permanece tão estável por tanto tempo”, afirma o relatório. No começo da década, os mercados acreditavam que o BC tinha credibilidade ao projetar o centro da meta de inflação para 4,5%. Mas, desde a decisão de começar a cortar a taxa de juros em agosto de 2011, os mercados passaram a questionar o verdadeiro comprometimento com os 4,5%, segundo o relatório. “A percepção do mercado passou a ser que as autoridades ficariam felizes com a inflação entre 4,5% e o teto de 6,5%”, afirma o BNP Paribas.

O relatório afirma que cortes em algumas taxas poderiam auxiliar a diminuir a inflação – uma diminuição nos impostos de energia, por exemplo, poderia impactar. O corte do IPI para carros e linha branca, por exemplo, trouxe certo alívio para o IPCA esse ano, segundo o banco . A medida expira na próxima semana e a expectativa do BNP Paribas é que ela seja prorrogada até o final desse ano, caso contrário, ela levaria a um aumento na inflação já em 2012.

O BNP Paribas citou o preço da gasolina como um risco à inflação – nos cálculos do banco, o preço da gasolina no Brasil é cerca de 20% a 30% inferior aos preços internacionais e um aumento no produto impactaria a inflação. O preço dos alimentos segue uma incógnita, segundo o banco. A expectativa é que a inflação no preço dos alimentos aumente 8,2% em 2013 – sendo que em 2012 o aumento seria de 7,3%.

O BNP Paribas acredita que, agora, o BC irá, cada vez mais, enfatizar o "atrasado e cumulativo" impacto positivo no crescimento vindo dos cortes de taxas ocorridos desde agosto de 2011 mas, mais cedo ou mais tarde, as autoridades terão que iniciar políticas mais austeras no próximo ano, “se eles se preocupam com a inflação”, segundo o banco.

Juros

O BNP Paribas não fez uma projeção para a Selic. Nesse cenário, porém, o banco estimou que a maior parte do ciclo de cortes na taxa básica de juros já passou. O banco afirmou também que quando o Banco Central encerrar sua série de cortes na Selic, o mais provável é que mantenha a taxa estável por algum tempo antes de começar a elevar a taxa novamente. A expectativa é que a volta da alta nos juros aconteça a partir do segundo trimestre de 2013.

Por que a inflação tem tudo para continuar subindo?

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Itaú é o sétimo banco mais seguro da América Latina

Realizado pela Global Finance, levantamento considera o risco de crédito e os ativos totais das 500 maiores instituições bancárias do mundo


Itaú: sétimo banco mais seguro da América Latina, segundo ranking na Global Finance 


Itaú é o sétimo banco mais seguro da América Latina. Junto com o Bradesco, que aparece na décima posição da lista, ele é o único representante brasileiro no ranking publicado anualmente pela revista americana Global Finance.

As instituições chilenas dominam o levantamento, a começar pelo BancoEstado, instituição pública que ocupa o primeiro lugar do pódio. Banco de Chile e Santander Chile aparecem em seguida.
Além das classificações de risco de longo prazo concedidas pelas agências Moody's, Standard & Poor's e Fitch, a Global Finance também considera os ativos totais dos 500 maiores bancos do mundo ao avaliar as instituições.

Diferentemente do ranking latino-americano, que conta com um banco público e nove privados entre os dez bancos mais seguros, a lista global apresenta a proporção contrária, com nove instituições públicas e apenas uma privada. O alemão KfW é tido como o mais seguro do mundo. O holandês Bank Nederlandse Gemeenten e o suíço Zürcher Kantonalbank ficaram com o segundo e terceiro lugar do ranking. Campeão na América Latina, o BancoEstado ocupa apenas a 42ª colocação na lista global.

Bradesco BBI lidera fusões e aquisições no trimestre

Instituição participou da assessoria financeira de operações que somaram 26,1 bilhões de reais até junho


Agência do Bradesco: banco de investimento lidera ranking de assessoria financeira em fusões e aquisições


São Paulo - Em uma operação de fusão ou aquisição, as empresas que compram ou são compradas costumam ser as protagonistas dos anúncios. Nos bastidores, contudo, os bancos de investimento também engordam o cofre – e muito – ao participar do desenho financeiro das transações.

De janeiro a junho deste ano, o Bradesco BBI foi quem puxou essa fila, segundo dados divulgados hoje pela Anbima. A instituição foi criada pelo Bradesco em 2006 para aproveitar a lucrativa onda de associação entre as companhias no Brasil. No semestre, as 16 operações das quais o BBI participou somaram 26,1 bilhões de reais, dando ao banco o primeiro lugar do ranking tanto em termos de volume quanto em número de negócios fechados.

Pelos bilhões injetados nos 'deals', jargão utilizado pelos banqueiros para designar as transações, Citigroup e Itaú BBA ocuparam o segundo e terceiro lugar do pódio. As operações em que atuaram como assessores financeiros chegaram a 13,2 e 12,3 bilhões de reais, respectivamente.

Embora os números tracem um panorama da competitiva - e rentável - prospecção de clientes no mercado de fusões e aquisições, eles não necessariamente dão pistas de quem serão os vencedores do consolidado do ano.

Em 2011, por exemplo, o americano Merrill Lynch encabeçou a lista primeiro semestre, com assessoria em negócios que chegaram a 23,5 bilhões. No fim do ano, o banco havia caído para a terceira colocação. O campeão acabou sendo o BTG Pactual, com uma cifra de 54,1 bilhões – e ele sequer aparecera entre os dez mais até junho.

Segundo Bruno Amaral, executivo do BTG Pactual e presidente do Subcomitê de Fusões e Aquisições da Anbima, a imprevisibilidade é típica do setor. "A atividade é muito sazonal. Entre começar a trabalhar em um mandato e ver a operação ser anunciada, pode haver uma demora de seis a nove meses", disse. Por isso, a frequência da atuação como assessor financeiro estaria diretamente ligada à gestão dos bancos de investimento e sua capacidade de continuar participando das transações ao longo do ano.

Até junho, as operações fusão e aquisição no país chegaram a 52,6 bilhões de reais, queda de 36,4% em relação ao mesmo período do ano passado.

Itaú Unibanco prevê alta de 0,1% do PIB em julho



Banco também prevê um crescimento de 2,1% sobre julho do ano passado, além da comparação mensal

Fachada do Banco Itaú
O Itaú Unibanco elevou sua projeção de câmbio para o final do ano, de R$ 1,85, na previsão feita em maio, para R$ 1,95 agora





São Paulo - Levantamento prévio do Itaú Unibanco aponta uma ligeira expansão de 0,1% da economia medida pelo Produto Interno Bruto (PIB) em julho, na comparação com junho, e um crescimento de 2,1% sobre julho do ano passado. Em junho, o PIB calculado pela instituição cresceu 0,8% na comparação com maio, já descontados os efeitos sazonais. Na comparação com junho do ano passado, a expansão do PIB foi de 1,5%. A projeção do banco para o crescimento do PIB no segundo trimestre é de 0,5%, ante o primeiro trimestre, considerado o ajuste sazonal. Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, a expectativa do Itaú Unibanco é de 0,6%.

O Itaú Unibanco elevou sua projeção de câmbio para o final do ano, de R$ 1,85, na previsão feita em maio, para R$ 1,95 agora. O mesmo ocorreu para as estimativas sobre o dólar no final de 2013, passando de R$ 1,87 para R$ 1,90.
Para a conta corrente, o banco reduziu sua projeção de déficit para este ano de 2,3% do PIB, em maio, para 2,2%. Para o próximo ano, a projeção da instituição é de que o déficit em conta corrente fique em 2,4% do PIB. Em maio, o Itaú esperava déficit de 2,6% do PIB.

Egito pede formalmente empréstimo de US$ 4,8 bilhões ao FMI



A diretora do fundo, Christine Lagarde, discute o apoio à frágil economia do país egípcio


A presença de Lagarde foi solicitada pelo Egito e pode sinalizar uma nova determinação de ambos os lados para selar um esperado acordo







Cairo - O Egito pediu formalmente um empréstimo de 4,8 bilhões de dólares ao Fundo Monetário Internacional (FMI), afirmou nesta quarta-feira um porta-voz do presidente durante visita da diretora-gerente do Fundo, Christine Lagarde, para discutir o apoio à frágil economia do país.

O ministro das Finanças do Egito afirmou na semana passada que Cairo discutiria a possibilidade de um empréstimo maior que o inicialmente imaginado com o Fundo. O governo anterior do Egito já havia solicitado um pacote de 3,2 bilhões de dólares, mas o acordo não foi finalizado.
A presença de Lagarde foi solicitada pelo Egito e pode sinalizar uma nova determinação de ambos os lados para selar o esperado acordo depois que o presidente egípcio, Mohamed Mursi, que assumiu a presidência em 30 de junho, nomeou seu primeiro governo no mês passado.

"Nós pedimos oficialmente um empréstimo de 4,8 bilhões de dólares ao FMI e as negociações sobre o pedido estão atualmente em andamento", afirmou à Reuters o porta-voz Yasser Ali, enquanto Lagarde encontrava-se com Mursi. O porta-voz disse que os detalhes seriam divulgados depois.
Uma autoridade do FMI também confirmou que o pedido havia sido feito.

6 novas previsões para o PIB brasileiro em 2012


Nessa semana o boletim Focus rebaixou novamente sua expectativa de crescimento da economia, agora para 1,75%



Uma das projeções mais baixas para o PIB em 2012 é a do Citi – que prevê 1,4% de crescimento em 2012

São Paulo – Apesar de alguns dados divulgados na última semana terem, aparentemente, despertado a esperança de que o PIB crescerá mais de 2% esse ano, o boletim Focus rebaixou novamente sua previsão – agora para um aumento de 1,75%. E muitos economistas seguem acreditando que a economia crescerá menos que 2% em 2012. Até o governo já admitiu essa possibilidade.

“Se o mundo cresce menos, de alguma forma você será afetado, mas o Brasil estava crescendo menos que países equivalentes”, afirmou Carlos Alberto Cinquetti, economista da Unesp. Para o professor, o Brasil estava crescendo mais por causa da demanda de outros países e menos pela sua competitividade.
Cinquetti lista três fatores que prejudicam o PIB brasileiro, além do cenário externo: a mudança na composição da renda, para um agente que investe pouco – o governo -, as restrições institucionais que dificultam a eficiência das empresas e os atrasos na infraestrutura.  “Uma lição de casa aqui é resolver esse pontos para crescer mais adequadamente aos países na mesma condição do Brasil, por volta de 5% e não 3%”, disse.

Uma das projeções mais baixas para o PIB em 2012 é a do Citi – que prevê 1,4% de crescimento em 2012.  Em relatório, o Citi reduziu sua projeção de crescimento para 2012 de 1,8% para 1,4% e a projeção de 2013 de 4,5% para 3,9%. A revisão reflete principalmente o baixo crescimento observado nos últimos meses e a expectativa de uma recuperação mais gradual no segundo semestre e em 2013, segundo o Citi.

O governo vem lançando diversos pacotes para estimular o consumo – e a economia – como a redução do IPI dos painéis de madeira, laminados de alta resistência e PVC para móveis. Na semana passada, o governo anunciou um pacote de investimentos em infraestrutura, o Programa de Concessões de Rodovias e Ferrovias.

“Acho belas intenções, mas de programas e PACs e belas intenções o Brasil está cheio, mas não consegue elevar seu investimento em relação ao PIB”, disse Tony Volpon, chefe de pesquisa para mercados emergentes do Nomura. Para ele, o problema é de onde vem o dinheiro. “Você tem uma sociedade que consome muito e essa ideologia que consumir é bom, tem a restrição à entrada de capital externo por causa do câmbio e um governo que não quer diminuir seu consumo. Precisa liberar recursos”, disse.
PIB trimestral

Na próxima semana será divulgado o PIB do segundo trimestre. O HSBC e o Itaú-Unibanco acreditam que a economia vai crescer 0,5% no segundo trimestre em relação ao anterior. O Itaú Unibanco projeta uma aceleração para 1,2% no terceiro e 1,4% no quarto trimestre.
São Paulo 

A atividade econômica de São Paulo está desaquecida, segundo o Itaú-Unibanco. Houve encolhimento de 0,2% no segundo trimestre de 2012 na comparação com o primeiro trimestre, de acordo com a estimativa do banco. A atividade econômica regional é calculada a partir da relação entre dados de produção industrial, vendas no varejo e emprego formal.
Veja seis previsões para o crescimento do PIB em 2012:


Instituição
Previsão de crescimento
Citi 1,4%
Credit Suisse 1,5%
HSBC 1,7%
Itaú-Unibanco 1,9%
Nomura 1,9%
Santander 2,2%

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Mantega pede que bancos facilitem crédito


Segundo o ministro, os bancos privados devem ''ser mais ousados'' para concorrer com instituições públicas como o Banco do Brasil

Ministro garantiu que os bancos públicos, como o próprio Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, ''seguirão melhorando sua oferta creditícia'' 


São Paulo - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, pediu nesta sexta-feira aos bancos privados que facilitem o crédito e reduzam suas taxas de juros, pois de outro modo ''vão comer a poeira dos bancos públicos''.

Segundo o ministro, os bancos privados devem ''ser mais ousados'' para concorrer com instituições públicas como o Banco do Brasil, que no segundo trimestre deste ano ''outorgou R$ 35 bilhões em créditos'' a taxas de entre 6% e 8%, que considerou as mais baixas do país.

Em um seminário com agentes do mercado financeiro realizado em São Paulo, o ministro também garantiu que os bancos públicos, como o próprio Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, ''seguirão melhorando sua oferta creditícia'' para estimular o crescimento da economia nacional.

De acordo com Mantega, esse processo será favorecido pela redução de juros por parte do Banco Central, que neste ano permitiu situar a taxa básica Selic em 8% anual, uma das mais baixas das últimas décadas.

O ministro ressaltou que essa tendência à queda ajudará a reduzir a entrada de capitais especulativos e a melhorar os níveis de investimentos produtivos, que ''são os que o país quer''.

BC indica ex-diretor para auditoria do BTG Pactual


Alvir Alberto Hoffmann foi indicado para o comitê de auditoria do Banco BTG Pactual

Alvir  Hoffman

Brasília - O ex-diretor de fiscalização do Banco Central, Alvir Alberto Hoffmann, foi indicado para o comitê de auditoria do Banco BTG Pactual. A informação foi divulgada nesta segunda-feira em comunicado distribuído pelo BC Correio, sistema de informações eletrônicas da instituição. Eventuais objeções à indicação devem ser comunicadas diretamente ao BC nos próximos 15 dias.

Hoffmann foi diretor de fiscalização do BC entre dezembro de 2007 e março de 2011. Antes, ocupou diversos cargos na instituição desde 1978, quando ingressou como auditor na área de fiscalização de bancos na delegacia regional de Curitiba. Depois, foi coordenador de análise de relatórios de inspeção no Departamento de Fiscalização, chefe da Divisão de Informações Contábeis do Departamento de Cadastro e Informações e chefe-adjunto do Departamento de Fiscalização, além de ter exercido a função de consultor diversas vezes. Catarinense de Porto União, Hoffmann é bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Paraná com MBA em Finanças pelo Ibmec em Brasília.

MP suspende concessão de crédito de 10 bancos em MG


Banco BMG: além do BMG, foram punidos os bancos Bonsucesso, Cacique, Cruzeiro do Sul, GE Capital, Intermedium, Mercantil do Brasil, Rural e Santander, além da BV Financeira