Serasa Experian vê alta de 0,5% do PIB no 1º semestre
Em relação a junho de 2011, houve alta de 0,7% do Produto Interno Bruto
|
Serasa: de acordo com a empresa, a atividade econômica cresceu 0,4% no segundo trimestre de 2012 ante o trimestre anterior |
São Paulo - O Produto Interno Bruto (PIB) registrou alta de 0,7% no acumulado do primeiro semestre deste ano, de acordo com o Indicador de Atividade Econômica, divulgado nesta segunda-feira pela Serasa Experian. O resultado foi o mais fraco dos últimos três anos, já que os primeiros seis meses de 2010 e 2011 haviam apresentado altas de, respectivamente, 9% e 3,8%. A expansão relativa apenas ao mês de junho foi de 0,5% na comparação com maio, na série com ajuste sazonal. Em relação a junho de 2011, houve alta de 0,7%.
De acordo com a empresa, a atividade econômica cresceu 0,4% no segundo trimestre de 2012 ante o trimestre anterior, efetuados os ajustes sazonais. Para a Serasa Experian, o baixo dinamismo da economia no segundo trimestre se deve ao considerado elevado nível de inadimplência das famílias, à baixa confiança dos empresários, à crise na zona do euro e à desaceleração dos Estados Unidos e da China.
Do ponto de vista da oferta agregada o baixo crescimento no primeiro semestre foi determinado pelas quedas de 7,3% na produção agropecuária e de 1,1% na indústria. A atividade do setor de serviços, porém, apresentou alta de 1,7% no período.
Pelo lado da demanda agregada, segundo a empresa, a queda de 1,6% nos investimentos e o aumento de 4,2% das importações de bens e serviços foram responsáveis pelo baixo resultado semestral do PIB. Consumo das famílias (2,2%), consumo do governo (2,3%) e exportação de bens e serviços (2,4%) apresentaram crescimentos similares no primeiro semestre.
Mercado sobe previsão de inflação pela nona semana e baixa a do PIB
Expectativa de inflação dos analistas para 2012 sobe de 5,20% para 5,24%. Previsão para o crescimento da economia neste ano recua para 1,62%.
Publicado Segunda-Feira, 10 de Setembro de 2012, às 09:35 | Do G1
O Banco Central informou nesta segunda-feira (10), por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus, que a previsão dos economistas dos bancos para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2012 passou de 5,20% para 5,24% na semana passada. Esta foi a nona semana seguida de aumento.O relatório é fruto de levantamento com mais de 100 instituições financeiras. Para 2013, a expectativa dos analistas para o IPCA avançou de 5,51% para 5,54%.Pelo sistema de metas de inflação, que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas, tendo por base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Para 2012, 2013 e 2014, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. O BC busca trazer a inflação para o centro da meta de 4,5% neste ano, visto que, em 2011, a inflação ficou em 6,5% – no teto do sistema de metas.
Taxa básica de juros
Para a taxa básica de juros da economia brasileira no fim deste ano, a expectativa do mercado financeiro permaneceu em 7,25% ao ano – o que pressupõe uma nova redução de 0,25 ponto percentual, por parte do Banco Central. Atualmente, os juros estão em 7,5% ao ano. Para o fim de 2013, por sua vez, a previsão recuou de 8,5% para 8,25% ao ano.
Produto Interno Bruto
Sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro neste ano, a estimativa dos analistas dos bancos caiu de 1,64% para 1,62% na última semana. Esta foi a sexta semana consecutiva de recuo deste indicador. Para 2013, a previsão permaneceu em 4% de expansão.Se confirmado, o resultado deste ano será o pior desde 2009, quando o país sentia os efeitos da primeira etapa da crise financeira internacional. Naquela ocasião, o PIB registrou retração de 0,6%.
Câmbio, balança comercial e investimentos estrangeiros
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2012 ficou estável em R$ 2 por dólar. Para o fechamento de 2013, a estimativa permaneceu inalterada também em R$ 2 por dólar.A projeção dos economistas do mercado financeiro para o superávit da balança comercial (exportações menos importações) em 2012 recuou de US$ 18,04 bilhões para US$ 18 bilhões na semana passada. Para 2013, a previsão do mercado para o saldo positivo da balança comercial brasileira caiu de US$ 15 bilhões para US$ 14,57 bilhões.Para 2012, a projeção de entrada de investimentos no Brasil ficou inalterada em US$ 55 bilhões. Para 2013, a estimativa dos analistas para o aporte de investimentos estrangeiros recuou de US$ 59 bilhões para US$ 58 bilhões na última semana.
Por: Wallison Silva
O dobro do PIB
O presidente da Febraban, Murilo Portugal, não esconde o sentimento de dever cumprido. “Vamos fechar 2012 com crescimento de 15% da oferta de crédito”, diz. “É pouco? Não! É o dobro da expansão do PIB nominal.” Para 2011, Portugal acredita na manutenção do ritmo.
Por: Wallison Silva
Selic
BC pode elevar taxa de juros em 2013, diz agência
Segundo fonte ouvida pela Reuters, alta da Selic será necessária para permitir o cumprimento da meta de inflação
|
Alexandre Tombini, presidente do Banco Central (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr) |
O Banco Central vai elevar a taxa básica de juros Selic em 2013 para viabilizar o cumprimento da meta de inflação, apesar da posição do Ministério da Fazenda, que não vê necessidade de elevação, afirmou à Reuters uma fonte da equipe econômica. "O Banco Central não trabalha com meta de taxa de juros, nem com trajetória futura de taxa de juros. O Banco Central trabalha com o regime de meta de inflação, tem que cumprir a meta de inflação", disse a fonte, que pediu para não ser identificada. "Esse é o objetivo do Banco Central. Para isso, se é preciso subir os juros, vai ter que subir", acrescentou.
A meta de inflação deste ano e de 2013 é de 4,5%, com 2 pontos porcentuais de tolerância. A Selic está 7,5%, seu nível mais baixo. Em entrevista publicada no último domingo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que "não há necessidade de alta de juros", ao ser perguntado sobre 2013. "A inflação está sob controle", acrescentou o ministro. Na segunda-feira, em evento em São Paulo, o secretário-executivo da Fazenda, Nelson Barbosa, foi na mesma linha.
Desde que o Banco Central iniciou o atual ciclo de afrouxamento monetário, em agosto de 2011, alguns críticos têm dito que o BC tem deixado de lado o regime de metas de inflação, sem se preocupar com seu cumprimento, e focado no crescimento econômico.
O BC, de seu lado, tem defendido que a política monetária está alinhada com a convergência da inflação para o centro da meta. Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado na semana passada, o presidente do BC, Alexandre Tombini, admitiu que essa convergência pode não ocorrer de forma homogênea.
O comentário foi feito uma semana depois da divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto,
que registrou alta de 0,41%, o que levou a inflação acumulada em 12 meses a 5,24%, a mais alta desde março. "Se a inflação não seguir a trajetória esperada, se subir acima da meta, não tenha dúvida: os juros vão subir", enfatizou a fonte.
Para 2013,
o mercado espera uma inflação de 5,50%, segundo a pesquisa Focus do BC divulgada na segunda-feira.
Os cortes nas tarifas de energia elétrica, anunciados recentemente pelo governo, no entanto, podem reduzir a inflação prevista para o ano que vem. Mantega acredita que o impacto da medida representará entre 0,5 e 1 ponto porcentual a menos de inflação em 2013. O mercado ainda não tem um consenso sobre seu impacto final.
Sobre a Selic, a pesquisa Focus ainda mostra uma expectativa de que venha a cair a 7,25% este ano e que suba para 8,25% em 2013. Mas, segundo as operações do mercado futuro de juros, as chances de a Selic ir a 7,25% diminuíram depois que o BC reduziu as alíquotas de compulsório dos bancos na noite de sexta-feira.
(Com Reuters)
Leia mais!
Por: Wallison Silva
Mantega diz que crítica dos EUA é "absurda"
Falando em Londres em evento promovido pela revista Economist, ministro de Dilma insistiu em que o Brasil chega a adotar número menor de barreiras comerciais
Londres - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, qualificou de "absurda" a crítica do governo dos Estados Unidos em relação ao protecionismo brasileiro. Falando em Londres durante a Cúpula de Mercados de Alto Crescimento promovida pela revista Economist Mantega insistiu em que o Brasil chega a adotar número menor de barreiras comparado aos EUA, à Alemanha e ao Reino Unido.
"O Brasil está no final da fila. É verdade, tomamos algumas medidas (comerciais), mas perdemos de longe da maioria dos países.", disse o ministro.
Na quinta-feira (20), o governo americano enviou uma carta ao Brasil protestando contra as barreiras comerciais adotadas por Brasília. Mantega ainda garantiu que o governo brasileiro irá reagir diante da nova injeção de recursos por parte do Fed (o banco central norte-americano).
"O Brasil não vai permitir que o Real se valorize. Vamos tomar as medidas necessárias. O Banco Central vai comprar mais reservas e podemos tomar outras medidas como taxação e a volta do IOF.", acrescentou o ministro.
Leia mais!
Por: Wallison Silva