sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Bancos privados querem acelerar crédito em 2013

Aumento de empréstimos do setor pode chegar a 15 por cento em 2013, afirmou um executivo


As carteiras de empréstimos de bancos privados devem crescer neste ano no mesmo ritmo das dos bancos públicos, afirmam executivos do setor

São Paulo - Animados com sinais recentes de queda da inadimplência e com maior demanda de recursos para projetos de infraestrutura, os bancos privados iniciaram 2013 mais dispostos a emprestar, movimentação que aponta para uma expansão menos assimétrica do crédito, embora a liderança deva seguir com os estatais.


Abertamente ou de forma reservada, Bradesco, Itaú Unibanco e Santander Brasil, cujas carteiras de financiamento cresceram numa velocidade anual ao redor de 10 por cento até setembro, mostram apetite para mais neste ano.

"Não vamos voltar ao patamar de 25 a 30 por cento de crescimento anual, porque o crédito já atingiu uma maturidade em relação ao PIB, mas é razoável supor um crescimento da ordem de 15 por cento este ano", disse o executivo de um grande banco comercial nesta semana.

Em encontros com investidores, executivos desses bancos têm revelado esperar que suas carteiras evoluam cerca de 15 por cento neste ano, em linha com o ritmo dos bancos públicos. Os motivos são a expectativa de maior crescimento da economia e a avaliação de que o pico dos calotes ficou para trás.

"O cenário de inadimplência está melhorando", disse à Reuters recentemente o diretor-executivo do Bradesco Octávio de Lazari Júnior, responsável pela área de empréstimos e financiamentos, no dia em que o banco anunciou um aumento de quase 20 por cento no crédito disponível para clientes.

No Itaú, o movimento vem após o banco ter passado por um freio de arrumação em 2012 na carteira de automóveis.

O presidente mundial do Santander, Emilio Botín, tornou nesta semana pública a expectativa para o banco no Brasil --de alta de cerca de 15 por cento no crédito--, após encontro com a presidente Dilma Rousseff. O banco também promete até 5 bilhões de reais para projetos de infraestrutura.


O movimento pode atenuar a pressão do governo, que há quase um ano vem apertando os bancos a ampliar a oferta de crédito para acelerar a economia, mas a cobrança só foi respondida pelos próprios bancos estatais.

Na opinião de alguns analistas, o Bradesco já vai mostrar essa aceleração nos resultados do quarto trimestre, que será divulgado na segunda-feira, abrindo a temporada de balanços. Essa liderança tem a ver com o fato de o banco da Cidade de Deus ter começado já entre julho e setembro passado a reduzir levemente o índice de inadimplência.

Como conjunto, no entanto, a aceleração dos bancos privados deve aparecer com menos força, pois os demais devem ter acelerado apenas em meados de dezembro, também por terem percebido mais tarde a queda dos calotes.

Relatório do Banco Central referente a novembro mostrou que a participação dos bancos privados nacionais e dos estrangeiros ainda caiu no crédito livre.

Os estatais Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, que vinham num ritmo de expansão anual ao redor de 25 e 40 por cento até setembro, respectivamente, movimento puxado por incentivo ao consumo, devem desacelerar este ano, em parte refletindo a base de comparação mais forte.

Ambos estimam ter alcançado participações de mercado semelhantes às do fim de 2009, no auge da campanha anticíclica do governo para tentar incentivar o consumo e amortecer os efeitos da crise financeira após a quebra do Lehman Brothers.


A ofensiva mais recente em linhas de maior risco deve ter feito os estatais terem chegado ao pico dos calotes por volta de novembro, segundo o executivo do setor. O índice de inadimplência, medido pelo saldo de operações vencidas com mais de 90 dias, caiu levemente em novembro, após quatro meses no recorde de 5,9 por cento, segundo o BC.

INFRAESTRUTURA

Com maior competição das instituições financeiras privadas no crédito ao consumo, BB e Caixa estão voltando seus canhões para projetos de infraestrutura. Em reuniões com banqueiros neste começo de ano, Dilma tem pedido mais ação no financiamento de longo prazo e, caso isso não aconteça logo, o governo colocará BB e Caixa nesse mercado, disse uma fonte à Reuters.

Analistas estão vendo essa movimentação de bastidores com cuidado. Em relatórios, analistas de UBS e HSBC alertaram que o recrudescimento da concorrência, temperada por possíveis novos cortes de juros, pode provocar quedas nas margens dos bancos e, consequentemente, nas ações.

(exame.abril)


quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Inadimplência das famílias recua para 7,6% em janeiro

O avanço foi de 1,9% no período, após ter registrado queda de 3,7% na leitura anterior

O porcentual de consumidores que revelou estar inadimplente em mais de 30 dias diminuiu de 9,00% em outubro de 2012 para 7,60% em janeiro de 2013



Rio de Janeiro - Embora os consumidores tenham ficado menos confiantes em janeiro, a situação financeira atual das famílias melhorou em relação a dezembro, segundo a Sondagem do Consumidor, divulgada nesta quinta-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O avanço foi de 1,9% no período, após ter registrado queda de 3,7% na leitura anterior.

"Nesse mês, a situação financeira das famílias melhorou. Ao que parece, as famílias estão menos endividadas e menos inadimplentes", disse Viviane Seda, coordenadora técnica de Análises Econômicas do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV).

A sondagem levantou em janeiro o nível de inadimplência das famílias. O porcentual de consumidores que revelou estar inadimplente em mais de 30 dias diminuiu de 9,00% em outubro de 2012 para 7,60% em janeiro de 2013.

"O consumidor está mostrando agora que começou a se recuperar financeiramente, mas ainda não está num ponto de voltar a consumir como antes", alertou Viviane, lembrando, que, em janeiro, as expectativas de compras para bens duráveis tiveram redução de 2,8% em relação a dezembro.

Na pesquisa, a faixa de renda mais baixa, que recebe até R$ 2.100, tem o maior porcentual de inadimplência. "Mas isso tem diminuído também", notou a economista. A inadimplência na faixa de renda 1, que ganha até R$ 2.100, saiu de 18,7% em outubro de 2012 para 15,3% em janeiro de 2013.

Já a fatia de inadimplentes na faixa mais alta, que recebe mais do que R$ 9.600,01, aumentou de 2,3% para 3,5% no mesmo período. "Mas a inadimplência nessa faixa de renda está no mesmo patamar de junho de 2012, quando era de 3,6%. Então a gente não sabe se é um patamar aceitável para esse nível de renda", ponderou Viviane.

(exame.abril)

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Santander anuncia R$ 5 bi para financiar obras no Brasil

Os números foram apresentados hoje (22) pelo presidente mundial do grupo, Emilio Botín, após encontro com a presidenta Dilma Rousseff.

O presidente do Santander, Emílio Botín: Santander terá R$ 5 bilhões para financiamento de grandes projetos de infraestrutura, como portos, aeroportos e rodovias



Brasília - O Santander vai investir R$ 3 bilhões no Brasil em 2013, além de oferecer R$ 5 bilhões para financiamento de projetos de infraestrutura e ampliar a carteira de crédito entre 15% e 20% em relação a 2012. Os números foram apresentados hoje (22) pelo presidente mundial do grupo, Emilio Botín, após encontro com a presidenta Dilma Rousseff.

Os R$ 3 bilhões de investimentos incluem ampliação do número de escritórios e agências no país, de terminais de autoatendimento, além da construção de um centro de dados do grupo espanhol em Campinas, que deve ser inaugurado até 2014.

Segundo Botín, o Santander terá R$ 5 bilhões para financiamento de grandes projetos de infraestrutura, como portos, aeroportos e rodovias. A careira de crédito do banco para clientes do Brasil começa o ano com R$ 250 bilhões à disposição e deverá ter crescimento de 15% a 20%, em relação a 2012, segundo o executivo espanhol.

Botín disse que conversou com a presidenta Dilma sobre a situação econômica da Espanha e da Europa, que, segundo ele, está “bem melhor” que em junho de 2012, quando se encontraram pela última vez.

Mais cedo, antes do encontro, Botín disse que está otimista com a economia brasileira e que espera crescimento de 3% para o Brasil em 2013.

(exame.abril)

Dilma irá à TV para assegurar redução da conta de luz

A presidente gravou um pronunciamento que será veiculado na quarta-feira (23) em cadeia nacional de rádio e televisão.

Conta de luz: o pronunciamento é uma resposta da presidente às insinuações de que a promessa de reduzir a conta de luz em 16% para os consumidores não será cumprida



Brasília - A presidente Dilma Rousseff gravou um pronunciamento que será veiculado na quarta-feira (23) em cadeia nacional de rádio e televisão reiterando a determinação do governo em reduzir o preço da energia elétrica.

O pronunciamento é uma resposta da presidente às insinuações vindas de várias áreas de que a promessa de reduzir a conta de luz 16%, em média, para os consumidores residenciais e em 20% para a indústria não será cumprida pelo governo.

O pronunciamento irá ao ar às 20h30.

(exame.abril.)

Os termos mais “manjados” no currículo

Pesquisa mostra quais as frases mais usadas em currículos mas que, no fundo, não expressam nada para o recrutador




São Paulo – Regra de ouro para ter um currículo matador? Seja objetivo, sempre. Apesar disso, muita gente por aí sucumbe a um ou outro clichê, muitas vezes sem se dar conta disso.

Em pesquisa recente, a consultoria de recrutamento OfficeTeam listou os termos mais usados em currículos, mas que, na prática, não dizem nada para o recrutador, segundo 1.500 executivos entrevistados pela consultoria. Confira:

Termos mais usados e que dizem muito pouco
Altamente qualificado
Esforçado
Trabalha em equipe
Solucionador de problemas
Flexível
Sociável
Proativo

Em comum, todos estes conceitos são vagos e pouco precisos. Por mais bonitos que pareçam no papel (logo abaixo do seu nome), eles não diferenciam a sua trajetória profissional, quem você é e o que construiu na carreira até agora daquilo que os outros candidatos têm a oferecer.

Todo mundo pode dizer, por exemplo, que é altamente qualificado. Mas o que determina, realmente, a sua qualificação é a qualidade dos cursos que participou ou a maneira como exerceu cada atividade ao longo da sua carreira, por exemplo. Da mesma forma, dizer-se esforçado é fácil. Difícil é mostrar resultados que comprovem isso. E por aí vai.


A dica é fugir dos adjetivos e se apegar aos dados e fatos que compõem a sua carreira. São eles que irão levar o recrutador à conclusão de que você pode ser descrito como uma pessoa cheia destas qualidades.

Veja as dicas do OfficeTeam para deixar isso claro na entrevista de emprego. No currículo, a dica é ser conciso e se ater apenas aos dados mais relevantes que expressem seus atributos (veja mais dicas na reportagem "O que mais conta para o currículo (segundo cientistas").

1 Em vez de dizer que é altamente qualificado, mostre que você tem condições para responder às demandas do cargo em questão. Como? Através de fatos que mostrem como suas habilidades foram importantes para a execução de uma tarefa e os cursos relevantes que você já fez.

2 Quais são os fatos que provam que você é esforçado? Você cumpre todos os prazos? Extrapola o que está no job description? Se sim, conte para o recrutador com exemplos.

3 Sabe trabalhar em equipe? Então, procure exemplos ao longo da sua carreira que mostrem como uma parceria ajudou o seu trabalho sair do papel.

4 A melhor maneira de mostrar que é um exímio solucionador de problemas é contando como protagonizou a resolução de um desafio difícil em experiências profissionais anteriores.

5 Convidar todo mundo para um happy hour ou montar o amigo secreto do departamento não são indícios de que você é um profissional sociável. Explore exemplos que mostrem como você conseguiu influenciar outras pessoas no trabalho – mesmo sem ser o chefe.

6 Proatividade é uma palavra de ordem dentro das corporações. Mas quando você reagiu instantaneamente a uma situação sem esperar que seu chefe pedisse isso? Quando propôs ideias relevantes para melhorar um processo?

Em dezembro, o LinkedIn também listou quais as palavras que os brasileiros mais amam na hora de elaborar o currículo e em um dos vídeos de carreira, João Marco, diretor da Michael Page, listou o que não precisa entrar no currículo.

Veja:
http://exame.abril.com.br/carreira/guia-do-curriculo/noticias/os-termos-mais-manjados-no-curriculo?page=2